«O Orçamento que vai ser apresentado hoje é um insulto aos portugueses, um baixar de braços do Governo, um levar as mãos à cabeça dos empresários, um murro no estômago dos funcionários públicos e pensionistas, uma bofetada à classe média, um levar as mãos aos céus dos pobres e desvalidos, um fechar as mãos e rezar dos desempregados. E combina a corrente do realismo alucinatório com laivos cómicos e surrealistas, aumentando o imposto a tudo o que mexe: escritores, caracóis, cientistas, periquitos, artistas e bichos-da-seda. E se não mexer é porque está morto. E se está morto também paga mais impostos. E se não está morto e finge que está morto é porque é um artista. E os artistas também vão pagar mais impostos.
O Governo contrapõe e bem: se não querem que aumente os impostos então digam onde é que vou cortar na despesa? Não sei. Mas quando os portugueses votaram no PSD pensavam que ele sabia.»
Pedro Sousa Carvalho, Subdirector do Diário Econónico, in DE
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